Os passageiros relataram ter esperado mais de duas horas pela chegada da sua bagagem, mas esta nunca chegou, relata a Euronews.
Segundo o jornal suíço Blick, quem estava a bordo do avião relatou que o piloto pediu desculpas pelo atraso, mas não explicou o motivo nem informou que afinal a bagagem não estava no avião.
Os passageiros afirmam que, quando chegaram, o pessoal da Swiss Air também não lhes informou onde estava a sua bagagem. Em vez disso, tiveram de esperar até que representantes da companhia aérea espanhola Iberia os informassem que o avião tinha aterrado sem bagagem a bordo.
Um dos passageiros, Carsten Redlich, disse ao The Blick que as suas férias foram “arruinadas” porque a sua bagagem estava “em algum lugar, mas não a bordo”. Ele fazia parte de um grupo de parapentes que viajavam juntos para a Espanha e o acidente os deixou sem equipamentos vitais.
A Swiss Air confirma que o voo de Zurique partiu sem a bagagem dos passageiros. O porta-voz da companhia aérea, Kavin Ampalam, disse à AFP que o problema ocorreu devido a escassez de pessoal.
Em Zurique, esperaram que o incidente fosse resolvido, mas passado “uma hora e 16 minutos a situação ainda não tinha mudado e por razões operacionais decidimos voar para Bilbau sem bagagem”.
“Estamos analisando a situação para descobrir exatamente o que aconteceu”, disse Ampalam. Os passageiros continuam sem bagagem e aguardam a mesma e a indemnização.
Somente em 2022. o número de malas perdidas atingiu o máximo em 10 anos, com cerca de 26 milhões de malas desaparecidas. São oito em cada 1.000 bagagens – quase o dobro do número perdido em 2021.
De acordo com um relatório do fornecedor de tecnologia de informação aeronáutica SITA, as razões para isso são várias – a escassez de pessoal qualificado, o rápido regresso das viagens internacionais após a pandemia e o congestionamento dos aeroportos.
O relatório também afirma que a Europa ocupa o primeiro lugar em termos de bagagem perdida e que os aeroportos maiores com mais passageiros têm os problemas mais graves.
